sábado, 7 de novembro de 2009

WCG 2009 – nak fala sobre as expectativas do FG


Restando quatro dias para a maior competição de esportes eletrônicos do mundo, o site europeu HLTV.org entrevistou Renato “nak” Nakano, ex-jogador do Made in Brazil, atual capitão do Firegamers, que representará o Brasil este ano na competição de Counter-Strike 1.6 da World Cyber Games 2009.


O time, que conquistou a vaga após vencer dois mapas sobre o MIBR na Grande Final da WGC Brasil 2009, caiu no Grupo B, ao lado do todo poderoso fnatic, dos chineses do wNv.cn, dos canadenses do DINC e do Executioners.


Durante a entrevista, o nak fala sobre as chances da equipe para esta competição, a vitória sobre o MIBR e o escândalo com cheater envolvendo o jogador Pedro “aSpx” Slatovisk, do ECO.Cobra na Final Nacional, realizada em setembro.


Confira abaixo:

O que você achou do grupo que o Firegamers caiu?

Na minha opinião, ficamos no grupo mais difícil da WCG. Vai ser bem complicado, principalmente por termos que enfrentar o fnatic e o wNv nos seus mapas mais fortes. Mas se quisermos ir longe na competição, vamos ter que passar pelos melhores times. A dificuldade só começou mais cedo do que esperávamos.

Como o time vem treinando para este torneio?

Como todo mundo sabe, treinar no Brasil é bastante difícil, pois não há times para treinar em LAN e a velocidade da internet por aqui é bem ruim. Nós estamos treinando mais individualmente do que contra outras equipes.

E qual a expectativa do time para este evento?

Nós estamos esperando um top3.

Acostumado a treinar na Suécia para eventos internacionais quando vocês eram do MIBR, você acha que treinar apenas no Brasil irá afetar o desempenho da equipe?

Sem dúvidas, mas desta vez nós temos algo que não conseguimos em nenhum treino na Suécia, que é a confiança que cada jogador tem no outro dentro e fora do jogo. Eu acho que isso será muito bom para nós.

Que equipes você mais teme e por que?

Há varias equipes que eu respeito e sei que serão bem difíceis de vencê-las. O Fnatic vem em uma fase muito boa, vencendo quase todas as competições que participam, e por isso considero ele o time a ser batido nesta WCG.

Você acha que a WCG deveria usar um sistema diferente para o sorteio dos grupos? No ano passado, o mibr também caiu em um grupo difícil.

Com esse sistema, nós continuamos tendo um ou dois grupos desequilibrados. Mas como eu disse antes, cedo ou tarde teremos que bater de frente com as equipes mais fortes.

Na WCG Brasil, vocês perderam o primeiro mapa para o MIBR por 16-6 e venceram os dois mapas da Grande Final. O que houve para vocês inverterem o jogo desta forma na reta final da competição?

Eu acho que o fato do time ser unido e, como eu disse anteriormente, a confiança que todos tem no restante da equipe, fez com que o time continuasse confiando mesmo após uma derrota.

E o que você sentiu após vencer o mibr na final?

Eu senti que desta vez nós não deixamos a vitória escapar de nossas mãos como foi na KODE5. Eu estava muito confiante para este torneio e eu me senti com a sensação de missão cumprida.

Após a WCG, o que o time pretende fazer? Já há outros eventos em mente?

Acho que não, só se encontrarmos algum patrocinador para participarmos de torneios internacionais. No Brasil, só vamos ter campeonatos no ano que vem.

E o que você achou do escândalo envolvendo aSpx na WCG Brasil?

Eu vi os vídeos no Youtube e achei aquilo ridículo. Os organizadores da competição me procuraram para pedir a minha opinião, e pra mim não há dúvidas de que ele usou cheater.

Você considera justa a punição de seis anos para ele?

Sim, pois se não for desta maneira, outros jogadores vão poder fazer o mesmo. Ele servirá de exemplo para que isso nunca mais aconteça.